quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Produção - Carta ao amor


Oi amor!

Já faz um tempo que não vejo teu olhar. Já faz um tempo que não encaro os teus olhos brilhantes, que sempre me envolveram em uma paixão contínua, de vez em quando interrompida.
Lembro com clareza, amor, das vezes que a minha mão tocou a sua, em busca de uma felicidade completa. Sempre quis imaginar uma vida melhor ao teu lado e todos os dias idealizava o nosso futuro. Esse tempo de hiato, sem te sentir, me fez mais duro na queda. Fez com que eu pensasse mais no meu profissional e te esquecesse, de certa forma.
Ah, amor, sinto tanto a falta do teu beijo e do teu calor. Neles eu me perdia. Lembra? Neles eu ficava extasiado e, nos teus braços, eu me derretia. Só teu carinho me recompunha. Só teu sorriso bobo bastava pra me dar forças.
Já faz tempo que você não fala comigo, que não toca o meu coração, que não aquece minhas mãos. Já faz tempo que você não me beija, que não afaga meu cabelo, que não me faz suar frio, que não me ama.
Mas como, amor? Se você é esse sentimento tão belo e tão completo, por que não vem me completar? É só esse o meu pedido: apressa-te, vem personificado e me ama. Não por hoje. Para sempre. Eu ainda te espero.


De seu eterno refém, o amante que te espera eternamente.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Não chore no domingo


Ouça enquanto lê:


Todas as vezes que eu te deixava em casa era a mesma coisa. Você me olhava firme nos olhos, sorria com os lábios pouco felizes, e me dizia ‘adeus’. Essa sua mania constante de me deixar completamente confuso a cada despedida, com um aperto no coração e a incerteza se te veria novamente, se aquilo era apenas mais um tchau ou se representava uma despedida definitiva.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Sobre as diferenças do ser

Sou do tempo em que, para ser músico, você realmente precisava de boa música. Não reclamo da harmonia das músicas, mas das letras.

Está bem, reclamo das melodias também.

Sou do tempo em que, para ser músico, não bastava pegar um violão e sair tocando qualquer coisa. Era preciso estudar cada nota, saber cada figura e aprender a desenhar semibreves, mínimas, semínimas, colcheias e todos esses tipos em pausas também. Era preciso ler partituras, entender as escalas harmônicas.
Sou do tempo em que, para ser músico, era preciso persistência.