sábado, 7 de julho de 2012

Embriagado

Eu estava bem até essa semana. Estava mesmo.
Livrei-me de você nas redes sociais, fechei a caixinha das alianças, repassei o urso que me deu. Eu pensei que tudo isso já era esquecimento. Pensei que isso já bastava para eu me sentir bem, sentir que tinha me livrado de você. Pensei que esse era o fim de um sentimento bem forte que senti.
Mas não entendo o que me fez pensar diferente nesta semana. As coisas que eu já não pensava, se refizeram na minha mente. Todas as lembranças. Uma volta pela praia e a certeza de que não saberia o que fazer se te encontrasse por ali. Eu não queria, mas ao mesmo tempo eu desejava que isso acontecesse. Uma briga entre o racional e o emocional.
Eu já estava conseguindo ouvir todas as músicas da playlist que embalava nossos encontros. Agora já não consigo. Todas elas me lembram de algum momento que vivemos, o que dissemos e o que não dissemos, mas transmitimos com o olhar.
Fiz o que não deveria ter feito: procurei novamente suas fotos. E aí sim foi a gota d’água. O sentimento aqui dentro tem vontade de explodir e me pego muitas vezes chorando descontroladamente, ainda esperando notícias suas, um toque ou uma mensagem. Você sabe que não vou mais correr atrás, afinal, já fui besta o suficiente e o que recebo parece qualquer coisa, menos um sentimento que corresponde.
Em todos os filmes que assisto, os textos que leio, as coisas que faço. Em tudo eu vejo, sinto, ouço você. E assim eu me sinto embriagado. Embriagado por algo que não consigo decifrar. Ainda tento me aproximar de outras pessoas, mas parece que o destino insiste em me fazer voltar o pensamento em você.
E o tempo que posso, estou voltado a novas atividades: da faculdade, do trabalho ou com os amigos. E é só assim que eu deixo de pensar em você por alguns minutos, algumas horas. E é assim que eu consegui deixar de pensar em você por alguns dias. Porém, agora isso já não é mais possível. O efeito anestésico já passou.