Quando parece que tudo está bem, algo me fere
aqui dentro mais uma vez.
Fico liberto de alguma coisa, mas perco outra;
Ganho, mas ao mesmo tempo sei que não vou ter
mais.
As coisas são restritas pra mim. Têm um prazo
de validade, têm uma cota a chegar. Gostaria que muitas coisas não tivessem
limite.
Como dói isso aqui. Não consigo segurar o
sentimento que vem.
Queria poder reverter tudo isso em felicidade,
trabalho, amor, paz. Mas não consigo.
Tudo fica ainda mais difícil de entender, mais
difícil de aceitar.
Palavras que são apenas palavras, feitas para
um momento, me iludem facilmente.
Sentimentos e amizades que queria cultivar
escorregam por entre os dedos e fogem.
Vejo uma promessa injusta e malvada se
realizar. E tenho medo que ela possa prejudicar relacionamentos. O peso na
consciência começa, mas tornou-se um vício a tal ponto de abandonar pessoas,
abandonar atitudes, abandonar outras promessas para se tornar, mais uma vez, a
realidade. Ou seria a idealização do real?
Um outro sentimento parece maior que a culpa.
Não consigo distinguir o que é. Apenas sei que é excitante e me satisfaz.
Penso em todo momento nas minhas escolhas,
agora baseadas nos meus sentimentos, nos meus pensamentos. Deixar um pouco de
pensar nos outros e pensar mais em mim, é o que há!
♪♫ Preciso de oxigênio, preciso ter amigos, preciso ter dinheiro, preciso de
carinho.
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