Eu só queria um tempo pra mim.
Talvez esse tenha sido meu erro. Fiquei
afastado de tudo o que me fazia bem pra satisfazer minhas vontades próprias.
Egoísta.
Insisti que o problema era o trabalho, a
faculdade, mas no fundo eram apenas desculpas pra eu me desligar de tudo.
Desisti do retiro TLC, não fui mais ao
grupo, nem às missas, meu repertório de músicas católicas está parado.
Fiz umas bobagens... E pra variar, sofri
como um idiota. Chegaram a afirmar que eu estava entrando em depressão!
E quando eu nem lembrava do tal retiro,
fico sabendo que um amigo vai estar lá.
Pronto. Foi o que bastou pra voltar tudo à
tona.
Saudade, saudade, saudade. De tudo. Dos
meus verdadeiros amigos, de tudo o que a gente viveu, do tempo em que eu era o
Fabinho, o menino do violão, que animava os encontros jovens, que vivia
sorrindo (até quando dormia no ônibus), que era feliz e não sabia.
E a angústia voltou.
Por que estou assim? O que eu fiz nesse
tempo que tenha melhorado minha vida? Deixei tudo para trás por nada!?
Aff!
Já diz o ditado: “o ser humano aprende com
os próprios erros”. E eu aprendi com os meus.
Decidi. Voltar ao TLC. É isso que preciso.
E não deu outra. Na segunda, quando vi tudo
acontecendo, tudo o que eu já participei e percebi que eu não estava mais
fazendo parte de tudo aquilo, meu coração se espremeu.
E quando eu vi o Amilton, a Mirna, o Dulo,
Michele, Ira, Schmidt, Dani, Ada, Moreno, enfim, todos os que fazem parte da
minha vida, não aguentei. Um filme passou pela minha cabeça. Tudo o que eu deixei
de fazer por nada. E foi tão bom ouvi-los...
Exageraram em grande parte, mas meu
espírito se encheu de novo... Percebi que meu lugar realmente é ao lado
deles...
Até que eu vi o tal amigo. O amigo que eu
nunca imaginei que um dia fosse ao retiro TLC.
Mister Rolf.
E a emoção me tomou de novo. Querendo ou
não, eu estava ali por ele. E foi graças a ele que eu resolvi voltar. Se ele
quer mudar, por que não querer também?
A Fran, o Everton, Letícia... Tanta
gente...
Ver no rosto deles aquela felicidade que há
algum tempo eu não experimentava, me deixou feliz e decidido.
Não importa farmácia, faculdade, ou o que
quer que seja. Com o TLC é o meu lugar, com os amigos que nunca me abandonaram,
no retiro que eu sempre insisti.
E espero que daqui pra frente tudo se
renove.
Como diria a Jane, “esse é o último retiro
que nós não participamos”!
ALEGRIA... SEMPRE MAIS ALTO!
(texto escrito em 2009, ao final do 7º retiro TLC do MAC)
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