Alguma coisa o incomodava naquela noite. E ele desconhecia o verdadeiro motivo. Podia ser que o jantar não tivesse caído bem, que tivesse assistido a um filme depressivo, escutado coisas ruins ou que tivesse conversado sobre assuntos desagradáveis. Poderia ser qualquer coisa, mas a razão por se sentir dessa forma vinha de uma mistura de lembranças, fatos e intuições. O resultado disso era o cansaço. Um cansaço diferente. Não físico, mas psicológico e emocional. Ele estava cansado de ser enganado, de não conhecer a verdade dos acontecimentos, de ser trapaceado e ainda ser rotulado de bobo, por relevar situações e continuar oferendo ajuda e amizade.
O mais complicado é que ele não compreendia esse cansaço, apenas sentia. Era um incômodo indescritível e sem razão. Em sua cabeça, pontos de interrogação. Em seu coração, exclamações, vírgulas, interrogações, reticências e um ponto final, que doía como uma flechada.
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