sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Aos verdadeiros


Eu estava devendo um post novo há algumas semanas, mas não conseguia pensar em um assunto bom. Tampouco estava empenhado em colocar a cabeça para funcionar. Enfim, é a hora. Já fui em vários encontros e retiros de jovens em que um dos temas mais marcantes para a vivência em grupo é “amizade”.
Já absorvi muitas coisas e, sim, já vivi muitas situações em que pensei ter encontrado um amigo, mas na verdade não passava de uma companhia passageira.
Este assunto martela em minha cabeça por muitas vezes. E tenho muito para falar sobre isso, mas nunca tive a oportunidade de falar para quem quero e da forma como quero. Restou, então, mais uma vez desabafar em palavras. Não, este não é um desabafo, mas uma parte do que passa na minha cabeça quando ouço a palavra “amigo”, ou quando ouço aquelas canções que só quem me viu chorar sabe.
Não quero falar dos colegas ou companheiros. Todos já sabem que às vezes confundimos os relacionamentos e nos entristecemos com os resultados. Amigos, de verdade, são poucos. Bem poucos. É a eles que me refiro neste texto.
Não importa o que um amigo verdadeiro te diga, pois você sabe que ele fala a verdade e sempre quer o teu bem. Pode não parecer, mas a visão dele é muito importante e, por muitas vezes, a mais sensata. Já me preocupei demais com situações que pareciam complicadas. Porém, bastou conversar com um desses meus anjos para que eu percebesse que a solução era mais simples do que imaginava.
Na amizade não importa idade, altura, peso, beleza, sexo, religião ou cor de pele. No entanto, é preciso que haja amor. E você sabe o que é amor? Amor é doação. Amigos precisam se doar um ao outro. Saber a hora de falar, mas saber a hora de colocar o ombro à disposição do outro e ouvir. Afinal, existe um tempo para tudo. Amor é doar um pouco do teu tempo ao outro. Fazer coisas que ele gosta, brincar (por que não?), abraçar, sorrir. Ou simplesmente deixar o celular ligado para que ele possa te ligar a qualquer hora para te contar alguma coisa, desabafar, brigar, chorar. É esse mesmo amor, maior e mais profundo, que os casais de namorados deveriam sentir. O amor é mais, muito mais do que a relação homem-mulher consegue estabelecer. Acredito que, quando um namoro termina, o amor não acaba. Ninguém deixa de amar da noite para o dia. O amor é eterno! As pessoas não deixam de amar, apenas não permitem ser amadas dessa forma ingênua.
Mas o assunto não é namoro! É amizade.
Por fim, não importa a distância. Seja pelas centenas de quilômetros que nos separam, seja pelas palavras ditas de forma errada ou mal interpretadas, seja por um outro relacionamento que não permite nossa aproximação, seja por perda de contato (porque eu sou um azarado), saibam, meus amigos, que nada disso vai acabar com o amor que sentimos. Cada vez que nossos olhos se cruzarem, o coração vai bater mais forte, a alegria vai tomar conta, os assuntos fluirão, as novidades serão muitas para contar e o tempo será muito curto para tudo isso. E na hora da despedida, o coração vai apertar, as lembranças dos bons tempos passarão pela mente, o sentimento de perda de algo tão valioso vai cravar no peito e o choro será inevitável, mesmo que seja escondido, sozinho, no quarto.
Essas amizades são verdadeiras porque o amor é facilmente recordado por meio de músicas que consideramos especiais, lugares que freqüentamos juntos, situações que vivenciamos, dores e alegrias que sentimos.
É bom ter vários amigos, mas é melhor ainda ter poucos amigos verdadeiros, pois assim temos certeza que eles realmente são.
Prefiro não citar nomes, mas agradeço a Deus por estar presente em todas essas amizades. Agradeço, também, aos meus amigos verdadeiros, por serem os meus anjos protetores.
Shalon!

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